sexta-feira, 26 de março de 2010

27 de Março

Dia Mundial do TEATRO!!

Hoje é dia de ir ao Teatro! Aliás, todos os dias são dias para ir ao Teatro, mas hoje, especialmente, é dia de ir ao Teatro! Observar o cenário, as personagens, a acção, identificar cada detalhe, dar conta de todos os "acidentes" (termo usado em teatro para todos os sons exteriores á peça) em volta... É dia de reflexão!

Saiam da rotina e dirijam-se ao Teatro mais próximo!
Apreciem esta arte... ;)



HOJE É UM BOM DIA!!!


quarta-feira, 24 de março de 2010

Dúvidas de um adolescente não normal.



Que definições, essas, que nos apresentam:


Mal - tudo o que prejudica; aquilo que é contrário ao bem; infelicidade, desgraça, calamidade,...

Bahhhhhhhh Definições frias, concretas, muitas delas parecem resultado de máquinas a trabalhar e a juntar palavras, que sem sentimentos, nos apresentam simples definições de coisas que cem páginas não chegariam para definir... Porque se reflectirmos sobre o assunto, o que é o mal senão o bem em excesso...?? Reparem, um quadradinho de chocolate, é bom. Se comermos a tabelete toda de uma vez, podemos ficar enjoados. Mas se comermos 10 tabeletes todas de um só jorro pode acontecer que venha novamente tudo cá para fora... pela boca!

Morte
- acto ou efeito de morrer; interrupção definitiva da vida; termo da existência; acabamento; fim; estado de não-ser,...

Novamente! Então dizem-nos que a morte é um estado de não ser...? Então mas sabe-se que o que não é, não existe, logo a morte não existe! Só a verdade existe. A verdade é o belo. São intermutáveis e diferentes facetas de si próprios. Mas então se a morte não existe,...?

Estou um pouco confuso, não sei se é pela minha ignorância extrema, se é por hoje ainda só ter comido carneiro ao almoço, e este vinha MESMO mal cozido, ou então se é puramente confusão cerebral...





Não liguem... Isto passa!







...ou não! :(

domingo, 21 de março de 2010

Pôr-do-sol ??? Hmmm, não me parece!

Torreira, num sábado passado!

quinta-feira, 18 de março de 2010

FMI

Hoje lembrei-me de vos dar a conhecer um grande homem que contribuiu para a nossa liberdade: falo-vos de José Mário Branco! Para quem não o conhece, trata-se de um músico e compositor português, expoente da música de intervenção portuguesa, juntamente com músicos como Zeca Afonso, Fausto, entre outros grandes nomes... E no seu álbum de maior nome, "Ser Solidário", está inserido aquela que é a obra síntese do movimento revolucionário português. Chama-se FMI, é uma música conjugada com um desabafo, á qual tenho muito estimo e apreço, e que a trago sempre na memória, e que venho hoje congratular, pela sua força e coragem que nos transmite. É um pouco extenso, mas asseguro-vos que, pela qualidade, vale a pena! Não é, de facto, tempo perdido!
Peço-vos que atentem, principalmente, a letra (que está também disponível aqui).
Chamo a atenção, também, para a data em que este foi escrito e gravado, presentes no seu "discurso"


Apresento-vos, então, o FMI:


terça-feira, 16 de março de 2010

Hoje vou desabafar!!!!!!!


- Cansado!! Sinto-me cansado...
- Cansado destas paredes, brancas, pálidas como a cal,
- Cansado da mesma paisagem, que observo pela única janela do meu quarto,
- Cansado desta rua, destas árvores feias, porcas, nuas,
- Cansado do desenho da calçada, sempre o mesmo, sempre ás voltas, preto e branco,
- Cansado desta escola, destes extensos corredores, destas caquécticas salas a cair de podre,
- Cansado desta cara, todos os dias a olhar para esta mesma cara, para mesma personalidade,
- Cansado desta minha maneira de ser, deste feitio que teima em se modificar
- Cansado de olhar para o vazio, de espernear todos os dias á espera que algo melhore!
- Cansado desta vida monótona, desta vida sarnenta sem princípio, meio, e fim, desta rotina enjoativa, deste pesado corpo que não passa de um verme servil!
- Cansado de viver na angústia, na desconfiança, na timidez que estupidamente me inibe os movimentos...
- Cansado de tudo!
- Cansado!! Sinto-me cansado...

domingo, 14 de março de 2010

Simplicidade

Olho pela fresta do meu quarto. Abastadamente observo uma senhora a passear a sua rafeira castanha com pouco mais de duas dezenas de centímetros de altura. Todos os dias as observo a vaguear pelas mesmas ruas, pelos mesmos passeios, dando os mesmos passos, nas mesmas pedras da calçada, parecendo tudo não passar de um replay. A rafeira fareja sempre a segunda, já centenária, árvore, posterior ao semáforo no sentido Sé – Escola Mário Sacramento (do lado oposto á minha santa residência.)

Não me canso de as observar…

A sua silhueta já não me passa por despercebida. Veste um casaco verde azulado, mas verde, gasto por sinal, que lhe dá pelas canelas. O casaco possui dois bolsos: o bolso do lado esquerdo leva um lenço de algodão com uma pontinha de fora, no outro esconde-se um maço de tabaco “MARLBORO” cuja embalagem em nada está deformada nem amachucada (intacta, portanto) juntamente com um bonito isqueiro. Calçado leva uns chinelos antigos, também verdes azulados e umas meias grossas, para o caso do frio atacar.

Aquela soberana imagem não me sai da cabeça.

Aquela inconfundível face circular, volumosa semelhante a claras em castelo, com os seus 70 anos de experiência. Aquele rosto cansado, aquela pele descaída parecendo querer fugir-lhe da cara, aqueles olhos negros brilhantes, já auxiliados, que teimam em não querer ver. Os seus cabelos vão se soltando e vão sendo levados pelo vento. As suas pernas já vão dando sinais de fraqueza. O seu coração e a sua cabeça... esses ainda são jovens, talvez, até, mais jovens de que muitos da minha geração…!

Admiro a sua força, a sua coragem, a sua rotina…

As duas sempre passo a passo, sempre ao mesmo ritmo, sempre as mesmas companhias, sempre as mesmas perguntas, sempre as mesmas vistas, … Sempre a mesma vida!

Todos os dias o café é tomado, no já erudito “Café Liceu”, com a sua nora e por vezes com o seu filho. Sempre á mesma hora, sempre no mesmo local, sempre o mesmo café escaldado curto com meio pacote de açúcar, ficando a outra metade para a vez seguinte. Engraço com a sua simpatia, apesar da conversa não ser muita! O café é, impreterivelmente, tomado na esplanada, quer faça sol, quer faça chuva, pois seguindo do café, vem o charmoso cigarro.

Penso muitas vezes que um dia gostaria de ser famoso, ter muito dinheiro, realizar todos os meus desejos, ter tudo o que pretendo, …mas ao ver estes casos de vida tão simples e, ao mesmo tempo, tão felizes, pergunto-me se é bom querermos tudo... Existem tantos prazeres, por muito pequenos que sejam, por muito curtos que sejam, que sabem tão bem…!

Sejam felizes com aquilo que têm e não desejem mais que aquilo que merecem.

Quando for grande quero ser como aquela senhora!
Será que mereço?



Lá vai ela…

quinta-feira, 11 de março de 2010

Tempo Perdido?

Hoje sinto-me traído! Comparado a nada. Trocado! Sinto-me completamente desvalorizado. Aquilo que construí, o terreno que fui alisando, a terra que fui semeando,... tudo murchou, tudo MORREU! Todas as sementes desapareceram, toda a terra voou, todo o terreno foi cedido a terceiros. Foi um extermínio completo! FOI ISSO, UM EXTERMÍNIO! Mas só me atacou a mim.

Semanas e semanas fui alimentando algo que, hoje, num inapropriado momento, fora derrubado!
TANTO INVESTI, EU, E PARA QUÊ? PARA SER TROCADO POR NADA? PARA ME SENTIR PIOR QUE LIXO,... PIOR QUE MERDA?

FOI PARA ISTO?

quarta-feira, 10 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

A Força Feminina


Mulheres
! Hoje escrevo para vós!
Sim... um ser difícil de entender,
Muito correspondido por nós
Um osso duro de roer!

"Mulheres", esse termo por nós generalizado
Muitas vezes já nem respeitado
Cara a cara, por nós amadas...
Nas costas, deveras insultadas!

Falo daquelas por nós desvalorizadas,
Das apunhaladas, massacradas e maltratadas
Das materializadas, fracassadas e violadas
Das não entendidas e não compreendidas!

Longos e duros anos se passaram
E elas, sofrendo, aguentaram.
Uma voz ao fundo sussurrava,
Era a revolução que se aproximava!

"Homem igual a ser superior"
"Mulher igual a escrava"...
O Homem sentia-se inferior
Enquanto a Mulher se valorizava

Hoje, e espero que no futuro
A Mulher é, finalmente, ouvida
O osso, agora, nada tem de duro
É finalmente compreendida!





Em 2008, a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) contabilizou 18 669 crimes, dos quais 90% se referem a casos de violência doméstica.

Só nos primeiros 8 meses de 2008 cerca de 32 mulheres perderam a vida, vítimas de violência doméstica.



Seja Racional e acabe com esta injustiça!

DENUNCIE!!!

domingo, 7 de março de 2010

"O que é preciso é gente!"

Começo, então, por vos apresentar um poema de uma poetisa não muito aclamada, nem por muitos conhecida: Ana Hatherly.

Achei-o num livro que tenho cá por casa e notei que está muito actual, apesar de ter sido escrito em 1929, vejam bem!

Espero que gostem dele assim como eu gostei!


Esta Gente / Essa Gente


"O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unhas e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente!"
Ana Hatherly

Início da actividade

Boas Noites caros leitores, amigos, conhecidos, colegas, familiares, visitantes, desconhecidos, compatriotas, camaradas, aquilo que forem...!

Aqui, assim, hoje, inicio a minha actividade osmótica. Não passará para além de uma troca de saberes, vivências e curiosidades entre mim e vocês e, se assim o entenderem, vice-versa!

Obrigado por me visitarem, a mim e á minha querida Osmose Cerebral!