segunda-feira, 26 de julho de 2010

Momentos sós...

Sentei-me á beira-mar. Sentei-me ao som das ondas a gastarem as já polidas rochas que me rodeavam. Sentei-me sobre a areia desajeitada e desinteressadamente esculpida pelos pés de uma multidão em férias. Sentei-me sem saber bem porquê, mas, afinal, nem tudo o que fazemos tem uma razão de ser (ou terá?) e enquanto as ondas sonorizavam o seu dialecto eu ía observando tudo á minha volta. Nada me passou despercebido. Observei cada pegada á minha volta, cada pedra em meu redor. Enquanto a Lua ía despedindo o Sol, o vento roçava-se nas minhas costas, numa cumplicidade ainda não muito trabalhada. A espuma das ondas a rebentarem na zona destinada a este mesmo feito, complementavam o quadro. Sentei-me de fronte para o mar. Sentei-me em cima de, se não me engano, 3 pegadas distintas. Uma de uma senhora, tamanho 34, outra de uma criancinha irritante que calçava um 28 e chorava muito e outra de um bezerro, ou algo do género, que calçava uns simpáticos chinelos tamanho 58! Atrás de mim, as sinuosas e íngremes falésias tentavam não se deixar vencer pelo complot feito entre o vento e o mar, com vista ás destronar. Enquanto tudo isto se passava, uma perfeita e elegante gaivota passeava ao meu lado. Ao todo "circum-navegou-me" umas 5 vezes... Até que parou em frente a mim e olhámo-nos. Olhos nos olhos. A sua brancura, a sua perfeição e a sua "segurança" espantaram-me. Mas houve uma coisa que me intrigou... Enquanto olhava para ela decidi assobiar e logo a seguir reparei no facto dela não ter ouvidos nem orelhas... Então parei de assobiar, sorri e dei uma gargalhada... Para minha tristeza ela bateu as asas e voou... A minha estupidez invadiu-me, ainda mais, a cabeça.
Permaneci sentado á espera que ela voltasse... Isso não aconteceu. Espero amanha poder pedir-lhe DESCULPA!


Hoje larguei a "rotina", larguei a piscina, larguei o computador, larguei tudo o que era desnecessário e material e vim sentar-me á beira-mar, na praia, na areia...



Para quê?

Talvez um dia perceba o propósito dos meus momentos a só!
Por agora ainda não os percebo!
Mas amo-os!


segunda-feira, 19 de julho de 2010







Quando escrevemos, não sabemos o que vamos escrever.
Perdemos totalmente a lucidez.
Escrever é saber aquilo que escreveríamos,
Se escrevêssemos.





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sábado, 17 de julho de 2010

Lagos, 2010


"O pôr-do-sol é lindo! O laranja-carmim e o azul-violeta conjugam-se numa simplicidade absolutamente indescritível!"

É assim a maneira que encontrei de sintetizar o resumo do meu primeiro dia de FÉRIAS… propriamente dito.

Comecei-o com um pequeno-almoço memorável e inesquecível… Bem cedinho… Bem recheadinho… Bem acompanhado… Bom! Seguiu-se a viagem. A derradeira viagem. 5 duras, estafantes, enjoativas e escaldantes horas dentro do “nosso” Renault laguna-carrinha azul escuro. As horas pareciam teimar em passar… Até que, finalmente, depois de uma desconfortável e dificultada soneca, ao abrir os olhos, deparo-me com um beco estreito e esburacado e, ao fundo… O MAR! Ia-se aproximando cada vez mais e nós seguíamos pela estradinha que parecia querer levar-nos até ele… Mas não. Ao fundo, de um só chofro, aparece a última propriedade da arriba. Aquela por nós já visitada há já dez anos consecutivos… Aquela que só termina onde começa o mar. BRISAMAR! Assim se chama. E é nela que passarei os meus próximos 15 dias, juntamente com os meus progenitores… e mano canino!


A todos desejo

umas excelentes férias,

repletas de

DESCANSO,

SOL,

PRAIA,

mas claro,

estas duas últimas,

com moderação!


terça-feira, 6 de julho de 2010

Marcas para a vida...


Ganhei calos nas mãos, as dores de costas atacaram-me, o joelho rangeu, os pés feriram-se, o sol queimou-me a cabeça, a água desidratou-me a pele,...

Contudo, foi bom...

Ao inicio, uma indecisão...
Parte de mim dizia para eu experimentar, outra parte dizia para eu me agarrar aos estudos e deixar isso para depois, mas... decidi seguir a parte que me dava força para avançar e ir experimentar. Ainda bem que assim foi. Desta vez tive a noção que, por muitas que sejam as consequências disto, foi uma boa escolha. Foi uma boa opção. Foram bons momentos. Foram horas passadas com o melhor do que há do mundo - os amigos - a aprender, a conviver, a "gargalhar", foram horas de pura diversão.

Primeiro o vermelho. Experimentei o vermelho e... não me dei muito bem. Segui então para o amarelo. Aí sim, ganhei confiança. Mas confiança a mais. Confiança tal, que quando voltei para o vermelho, decidi virá-lo! É verdade. Aquele que ninguém vira, aquele que o mais nabo de todos os nabos nunca viraria... Pronto, enfim. Foi um "triste" momento. Depois veio a segurança e a confiança e, com elas, decidiram pôr-me num dos grandes. Num dos brancos, grandes, mais estreitos e mais instáveis... Aí, afinei! "Ui, ui, que isto vai correr mal!" - disse eu. Mas, por estranho que pareça, correu bem. Pelo menos não virei, nem bati em nada. Continuei a conhecê-lo melhor, e até a trocar alguns pareceres com ele. Ele contou-me algumas das histórias do clube e das que se passaram com ele. Decidimos, então, ir até um dos mais bonitos lugares da cidade. Foi interessante ver aquele lugar de outra perspectiva. Aquele esplêndido lugar numa perspectiva que, na minha opinião, até humaniza demais a paisagem em si. Mas, sem dúvida, que não deixa de ser AQUELE LUGAR!


Têm sido, realmente, umas óptimas manhãs!

Que, possivelmente, se podem prolongar para o ano...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A "Libertação" da Mulher...


Sabiam que só uma 'strip teaser' aceitou vestir o primeiro biquíni do Mundo? E que o Vaticano chegou a proibir o uso do invento por mulheres católicas? E que já na Antiga Roma havia modelos semelhantes?

Pois bem estes são apenas alguns detalhes da curiosa história do biquíni que, hoje, completa 64 anos de existência.


O modelo de um fato-de-banho reduzido e composto por duas peças foi criado pelo engenheiro mecânico francês Louis Réard e apresentado ao Mundo cinco dias depois da detonação da primeira bomba atómica dos Estados Unidos no atol (Ilha de coral, em forma de anel) de Bikini, no Oceano Pacífico, em 1946. Contudo, meses antes, o estilista Jacques Heim já havia anunciado a criação do menor traje de banho do Mundo, curiosamente, baptizado com nome alusivo à catástrofe nuclear - "atome".

Na época, Réard não conseguiu convencer nenhuma manequim a desfilar o modelo, pelo que a sua apresentação foi feita por Micheline Bernardini, uma 'strip teaser' do Casino de Paris. "O biquíni é a coisa mais importante que surgiu desde a invenção da bomba atómica", declarou no final dos anos 40, Diana Vreeland, editora das revistas de moda "Vogue" e "Harper's Bazaar".

Perante o modelo escandaloso que atentava contra os padrões sóbrios nos momentos finais da II Grande Guerra, o Papa Pio XII chegou mesmo a ordenar a sua proibição. Obviamente, não resultou. E, na década de 50, a actriz Brigitte Bardot assumia mediaticamente o entusiasmo que as francesas nutriam pelo traje estival.

Hoje, com a ampla divulgação do modelo tanga, nascido no Brasil nos anos 60, e do modelo de fio dental, oriundo do mesmo país nos anos 80, o biquíni seria considerado demasiado grande. Contudo, o 'design' é retomado por muitos estilistas contemporâneos.

O corte e estampados que parecem nunca sair de moda são os evocativos da década de 60. Foi nessa época que o biquíni foi celebrizado no cinema pela actriz Ursula Andress, no primeiro filme da saga James Bond, "O Satânico Dr. No".

Nos anos 'hippie chique', na década de 70, a inovação prendeu-se com a combinação de peças que, aparentemente, não poderiam associar-se. Nos 80, veio a lycra e o abuso das cores fortes e, nos 90, o factor confortável dominou.

Hoje, para a paisagista e 'designer' de biquínis Lenny Niemeyer, vale a "peça actual diferenciada pelo 'design'".

Noticia publicada no JN (04-07-2006) Adaptada



PARABÉNS ao Biquíni, pelos seus, já avantajados, 64 anos!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

As aparências iludem...


"A felicidade consiste em ser feliz. Não consiste em fazer crer aos demais que o somos."

Jules Renard


Hoje fico-me só pelo pensar...
Poderei apenas só dizer algo,
mas muito pouco.
Quase nada, mesmo.

E se disser, não vai ser nada de interessante...

Como já é hábito!

Bons sonhos...