quinta-feira, 29 de abril de 2010

30


Hoje poderia apenas dizer que é dia 30. Mas não! Não é apenas dia 30. O dia 30 tem muito que se lhe diga. Óhhh, se tem…! Para uns significa que hoje a conta bancária vai ficar mais “gordinha”, para outros é sinal de mais trabalho (balanços mensais, …), para outros é tempo de pagar a água, a luz, o gás, … Há quem encare o dia 30 como um dia igual a todos os outros; banal como é habitual. Há quem diga, até, que, juntamente com o dia 31, seja um dia em falta, visto que só o presenciamos 11 vezes por ano. Para os estudantes é sinal de que mais um mês passou e o Verão aproxima-se. O bem-dito Verão!


Mas o dia 30 não é só isso! O dia 30 é também um dia especial. É dia de felicitar, de festejar, de saudar… de “abençoar”. É um dia para ser lembrado e recordado!


Quem diria, ãh? Quem diria que já passaram 4 meses ( 123 dias ou 2952 horas, para ser mais preciso.) Foi á 4 meses que dois átomos se fundiram. Uma fusão que, até então, fora das mais belas, senão a mais, que vira. A fusão cresceu e tem vindo a crescer, a cada momento que passa. Deu os seus primeiros passos em território espanhol e hoje celebra o seu quarto mês de existência.


Esperamos todos que essa, ainda pequena (em duração), fusão dure e perdure por muitos mais longos anos, pois para além da vossa felicidade, seria uma grande lição para os que acham que as fusões são transitórias e quantitativas.


Os meus sinceros PARABÉNS a ambos os envolvidos!


Espero daqui a 50 anos poder dizer: “Há 50 anos escrevi um pequeno rascunho sobre os vossos 4 meses de fusão, e agora aqui estamos nós a festejar as bodas de ouro!!”

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Embalados pelas ruas de Eça...


É já para a semana. É verdade! É já na próxima quarta-feira que partimos. Pela ainda escassa luz do sol matinal, vamos embarcar naquela que será a Viagem. Será sim.
Logo de manhãzinha, foi assim combinado, encontrar-nos-emos numa perspectiva lateral á fachada do Liceu Nacional. Quando digo de manhãzinha, não falo a brincar. Foi-nos imposto que quem não estiver ás 7.15H nesse local, fica em Terra, e de certeza que poucos serão os que querem ficar. Afinal, quem é o nabo que passa um ano todo a reclamar que não há visitas de estudo e quando chega á altura "corta-se"???... Enfim,...Preso por ter cão, preso por não ter!
Mas como estava eu a dizer, quem quererá ficar em Terra? Quem irá desperdiçar uma viagem encantada ao passado? Ao tempo de Eça de Queirós, ao tempo em que Lisboa ainda era apenas uma "capitalzinha" (e ainda não o é??). Á geração de 70.

Iremos passear pelos eruditos, clássicos e já por muitas celebridades pisados, lugares. Desde a amplitude do Terreiro do Passo, á confusão do Cais do Sodré, ao requinte e sobriedade do Chiado, passeando pela calçada Lisboeta, entre as sete colinas... Á tarde passaremos pelo Museu das Comunicações, onde a viagem ao futuro será inevitável. Iremos conhecer tecnologia de ponta, casas auto-sustentáveis, um mundo amigo do ambiente, entre muitas outras curiosidades, que muito contribuirão para a nossa cultura, educação e formação!

Já para não falar no habitual e fantástico convívio que será. Tanto em viagem, como na própria visita. Estou em pulgas... Um dia na capital, com amigos, a aprender o que se gosta... bem, o sonho de qualquer um, não??

Estes são momentos para a vida. São momentos para serem recordados e, se possível, auxiliados pelas magníficas, nunca bem tiradas, fotografias de viagem...

Será assim, na 4ª-feira. Será assim durante todo o dia... Será um dia memorável e, espero, possível de repetir.

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril SEMPRE!!!


E Foi assim que se deu o início a todo o "processo" da revolução.

Dia 24 - 22h55 - A voz de João Paulo Dinis anuncia aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa "Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74 «E Depois do Adeus»". Era o primeiro sinal para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas.



Dia 25 - 00h20 - nos estúdios da Rádio Renascença, Paulo Coelho,anúncios publicitários. Apesar dos sinais desesperados de Manuel Tomás, que se encontra na cabina técnica acompanhado de Carlos Albino, para sair do ar, o locutor prossegue paulatinamente a sua tarefa. Após 19 segundos de aguda tensão, Tomás dá uma "sapatada" na mão do técnico José Videira, provocando o arranque da bobine com a gravação que continha a célebre senha: a canção "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso. A partir deste momento o retorno seria impossível e impensável!



4h26 - O Rádio Clube Português transmite o 1º comunicado do Movimento das Forças Armadas, lido por Joaquim Furtado. Seguem-se o Hino Nacional e marchas militares que se viria a transformar no hino do MFA.
Os portugueses começam a tomar conhecimento de que algo de muito importante se está a desenrolar no País.




Assim decorreram os primeiros passos para a evolução de um país ditatorial calado, cego, surdo e, principalmente, CENSURADO.

Faço também um reparo, para quem achar pertinente, para o vídeo, já anteriormente por mim divulgado, do FMI, o qual pode ser observado AQUI!



P.S: Para quem estiver interessado, e porque acho uma boa fonte de Cultura Musical Portuguesa, partilho, aqui, um site de cantores de intervenção, o qual contém os mais importantes, senão todos.


25 de Abril SEMPRE!!!

sábado, 24 de abril de 2010

Hoje convivi!!


Hoje, apesar de ser sexta feira e depois de um dia em cheio e de estar extremamente cansado, tenho vontade de escrever. Um pouco. Pensei num tema. Pensei no facto de estarmos a 1 mês do final das aulas, mas... NAHHHHH, não me inspirou. Pensei no facto de Domingo ser o dia D, o dia da LIBERDADE, que, para muitos já não passa de um cliché, mas que para mim continua e continuará a ser, sempre, "Aquele dia", mas também não me inspirei, pois este assunto não pode ser encarado assim de uma forma superficial, como muitos o fazem. Pensei então no dia que tive hoje. Nas conversas que tive. Nos amigos, com quem estive. Nos momentos, naqueles momentos em que tudo está a acontecer e tu, abstrais-te de tudo e pensas que, afinal, a vida não é assim tão má, mas podia ser bem melhor! Naqueles momentos únicos, e sim, aí encontrei o tema ideal para hoje!

É verdade. Hoje tive um final de dia bastante feliz, por assim dizer. Num simples convívio em lugar, até agora, nada especial, consegui conhecer melhor alguns seres e trocar impressões com eles. Foi bom. Foi muito bom, aliás. Foi uma saída em grupo onde apenas um dos elementos fazia a "união" entre mim e o resto do grupo mas que, rapidamente, essa separação foi desvanecida (penso eu). No final, quando tudo já estava mais calmo, numa noite tão bonita, tão límpida, tão... verdadeiramente digna de uma noite de Verão, apeteceu-me falar. E falei. Desabafei. Fui, atentamente, ouvido durante um bom bocado. Falei sobre mim, sobre o assunto que anda e andará no ar, falei sobre muito do que me ía na alma, e fui compreendido. E compreendi, também. Foi daquelas noites em que, pela simplicidade de tudo em volta, do local, das pessoas, das conversas, das acções, se tornam espectacularmente inesquecíveis!

Cada vez mais me convenço que a amizade é das coisas mais bonitas e interessantes que o homem "criou", ou melhor, descobriu!

Vão-se os momentos, mas ficam-se as memórias e esta vai ficar guardada. Bem guardada.

Agradeço ao principal interveniente e, claro, aos outros também.

Bem, haveria muito mais a dizer, mas, muitas vezes, não é possível expressar sentimentos através de simples palavras. Através de uns simples riscos que, geometricamente desenhados, formam autênticos testamentos.

Como se costuma dizer "Uma imagem vale mais que 1000 palavras!"

Uma santa noite a todos


E VIVA A LIBERDADE!!!!




(Este fim-de-semana ainda vou arranjar um bocadinho de tempo para pensar e reflectir no tema e ainda postarei algo sobre a revolução de há 36 anos)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

23 de Abril

Hoje não vou escrever, nem difamar ninguém. Venho muito menos para me espezinhar ou manchar ainda mais a minha reputação.

Venho apenas para vos informar de que na 6ª-feira, dia 23 de Abril, é dia do Livro e do Direito do Autor.

Boa Noite a todos os humanos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

João, Jacob, Peter e Yosephe...


Hoje revoltei-me!! Hoje revoltei-me mesmo. Como nunca o tinha feito anteriormente. Hoje tomei consciência de que há um mês para esta data, os meus dias não são iguais. São PIORES!!! Muito piores. São dias frios, negros, escanzelados, ricos em amargura e tristeza, em raiva e "solidão". Dias em que me sinto amarrado com uma corda de nylon, que me corta o corpo em tiras tortas. Sinto os meus membros a desfazerem-se. Um por um, simultâneamente, vão-se dividindo em bocados de carne podre, que para mais nenhum fim servirão. As minhas mão... não existem. As minhas mão já não existem! Usaram-nas para alimentar porcos. Os meus dedos gritavam loucamente e imploravam misericórdia. As minhas pernas não passam de meros meios ossos que além de me massacrarem com as tremendas e horripilantes dores, já para nada servem! A minha boca não se abre. Há 30 longos dias que está fechada. Cosida. Os meus lábios desapareceram quase por completo, apenas restam uns escassos fiozinhos que seguram a linha que mos cose. Eu tento falar, mas não me deixam! Eu imploro para que falem para mim, mas ninguém me dá ouvidos! Sou repetidamente ignorado.

Há cerca de um mês eu podia falar. E eu falava. Há cerca de um mês eu podia opinar. E eu opinava. Há cerca de um mês eu e muitos éramos felizes. "Hoje" sentimo-nos impotentes e inúteis!!


Hoje não falo, não opino, não comento, não discuto! Apenas me conformo...

DEIXEM-ME, LARGUEM-ME, PORRA, DEIXEM-ME FALAR. PRECISO DE FALAR. TIREM-ME AS MÃOS DOS OUVIDOS. PRECISO DE OUVIR. DEIXEM-ME. ESTOU FARTO DISTO! DESENTERREM OS VOSSOS DEDOS DOS MEUS OLHOS! QUERO SER NORMAL, SEM QUERER SER IGUAL A VOCÊS! DEIXEM-ME. NÃO TENTEM ILUDIR-ME COM CONVERSINHAS DE CHACHA. CALEM-SE! PAREM! PAREM! PAREM!





Sinto falta dos meus antigos dias. E quero-os de volta. Algo desapareceu. Algo terminou o seu percurso, algo se chateou e decidiu acabar com os meus antigos dias. Dias em que os fins de tarde eram passados a ler, a deslumbrar relíquias de alguém que, por uma uma simples razão (será ela simples??), acabou com os meus antigos dias. Os meus e os de muitos.

Que coisa...! Será que, assim, os problemas se resolveram..? Será que este silêncio ajudou e ajuda em alguma coisa? 


Por favor volta á rotina.





Será pedir muito? 
Tanto talento escondido, para quê?


domingo, 18 de abril de 2010

Evasão


Amanhã vou arejar.


Amanhã é domingo, é dia de tomar banho, é dia de missa, é dia de ir ás compras de fato de treino, é dia de comprar pão, é dia de ir ao cemitério, é dia de descansar, é dia de invadir o centro da cidade, é dia de ir toda a gente tomar café ao mesmo sítio, é dia de perguntar porque é que toda a gente sai ao domingo. 


Mas eu não! 
Eu vou arejar. 


Vou sentir a brisa marítima da melhor praia da zona centro. Vou ouvir o ruído do silêncio enquanto o aroma a maresia me invade a cavidade nasal até aos pulmões e vou inspirar com toda a força, até eles se encherem completamente. E depois vou soltar. E vou sorrir. Vou sentar-me no muro e vou ouvir música enquanto observo o céu. Vou pensar em mim, e em ti, e nele também, e nela também,... vou pensar em todos. Vou-me deixar guiar pelo instinto e apreciar a beleza de tudo aquilo que me rodeia. Vou-me evadir da cidade. Vou deixar o patego, em paz na cidade, no campo, onde ele quiser, e vou para o sítio. Para o meu sítio. Para aquele meu sítio que espera por mim todos os domingos. E eu espero por ele 6 dias por semana.


Amanhã vou ser diferente. 
Não vou ser eu. 
Não quero ser eu. 
Não posso ser eu. 
Estou farto de ser eu!



Amanhã verei quem fui, desta vez...

terça-feira, 13 de abril de 2010

CAOS CEREBRAL!!!!!!!

Sei que já são horas de estar a dormir, principalmente tendo eu aulas amanhã á hora do costume, mas apeteceu-me, rapidamente, partilhar convosco o sentimento que possuo neste momento. 
Acabo de vir do teatro, sinto-me cansado. Estafado até. Hoje foi o dia em que o guarda-roupa saiu do sítio e deslocou-se até á sala de drama da universidade. Foi qualquer coisa de fenomenal: andaram pela sala algumas dezenas de peças de roupa, a rodar "agora experimentas tu, agora experimento eu,...". 
No meu caso, experimentei mais de 20 peças de roupa, passando por calças justas pelas canelas, saias feias de flanela, camisas de dormir, camisolas de criança, enfim, tudo o que possam imaginar... Cheguei ao final com toda a roupa espalhada pelo chão, as personagens andavam umas em cima das outras e tive de parar. Sentei-me no meio da sala. No chão. Sozinho. A minha cabeça estava um autêntico caos. Por momentos perdi a noção da minha identidade (será que a tenho??). Estive assim durante 5 minutos até que tudo se começou a clarificar. Levantei a cabeça, bem devagarinho. Os meus olhos cismavam em não abrir, pois diziam que havia muita luz na sala, mas eu tinha de ver. Tive de os abrir. Doeram-me, por momentos. Mas foi então que tudo passou e volto ao normal.
Todas as segundas feiras ali estou eu, a dar o meu melhor e a aprender, a aperfeiçoar e a formar-me. Numa partilha infinita de saberes...
O Teatro, para mim, ainda é uma arte escondida, ainda não cresci o suficiente para me deparar com certas situações, mas a pouco e pouco vou tentando superar as que me aparecem em diante.

Posso estar enganado ou andar aqui em vão, mas enquanto cá estiver, vou dar o meu melhor. 



Não quero ser o melhor, apenas quero ser bom.
Bom naquilo que faço.



Boa Noite!

sábado, 10 de abril de 2010

Um dia, Miguel Torga escreveu...


Aqui, diante de mim,
eu, pecador, me confesso
de ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
que vão ao leme da nau
nesta deriva em que vou.

Me confesso
possesso
das virtudes teologais,
que são três,
e dos pecados mortais,
que são sete,
quando a terra não repete
que são mais.

Me confesso
o dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
e o das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo andanças
do mesmo todo.

Me confesso de ser charco
e luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
que atira setas acima
e abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo
que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser Homem.
De ser um anjo caído
do tal céu que Deus governa;
de ser um monstro saído
do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
para dizer que sou eu
aqui, diante de mim!


"Livro de horas"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Acaso?!?!?!


Na vida, o factor acaso é avassalador!

Vieste ao mundo através de um evento aleatório, algures no destino. Eu emergi através de uma conjunção, meses depois. E, por uma astronómica concatenação de circunstâncias, os nossos caminhos cruzaram-se. Dois fugitivos. No vasto, negro, indizivelmente violento e indiferente universo.

Moça, quem és tu?
O que fazes aqui?
De onde vens?
Porquê?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dá valor ao teu donuts !


Esta semana, enquanto via um filme, ouvi uma expressão á qual não fiquei indiferente:

"Quando comeres um donuts, dá valor ao donuts e não ao buraco!"

Quando a ouvi não percebi muito bem o seu significado, mas hoje, hoje entendi. Hoje percebi que devemos dar valor ao que temos, e não ao que não temos!
Sonhos, perspectivas futuras, desejos,... são sempre bem-vindos, mas nunca em demasia!! Em demasia a vida torna-se uma seca (se é que já não o é!?!?) e nós tomamo-nos como sofredores e vítimas!





(P.S. - As notas já saíram. Quem me dera não terem saído, mas saíram,...! )