segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Curvatura necessária, hoje!



O estado de alma é algo muito instável. Em apenas um segundo podemos alterar o nosso estado de espírito de uma maneira desastrosa. A vivência com o Homem é um dos factores que o faz mudar. Com ou sem amor, com ou sem ódio, a sua interacção faz-nos alterar a olhos vivos aquilo que sentimos por cada um que nos rodeia. Não é necessário nenhum gesto ou palavra... Basta um olhar, um sorriso ou "um desprezo vivo como uma chama" para a alegria ou a tristeza nos invadir. Assim sem ser preciso alguma atitude menos feliz ou uma bastante agradável, somos alterados, interior e exteriormente, por quem nos faz sofrer, cá dentro, pelo bem ou pelo mal.


Com os olhos curvados para baixo, mais uma vez...



domingo, 27 de fevereiro de 2011

27 - 02 - 2011

Quando um artista nasce, nasce para sempre! Nasce para sempre o ser. Há 18 anos nasceu alguém que se tem vindo a mostrar artista de si mesmo e da arte mais"dialogadora" para com o Homem. A solo, na multidão, em trio... De todas as formas se destaca.

Hoje venho congratular-te, abraçar-te e desejar-te um feliz dia!

Parabéns Lucas!!


Um abraço, apertado!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Estranhamente solitária...

Cruzo a perna esquerda sobre a direita. Olho pela quarta janela para não sei onde, para não sei o quê. Ingiro uma garrafa de água mineral Luso. Estou sozinha. Chateada com tudo e todos. Olho-os com raiva e nojo, com desprezo e vontade de os bofetear. Não me aguento muito tempo aqui com esta gentinha. Ingiro mais um pouco da minha água mineral Luso com um movimento limpo, rápido e preciso. Cada um que entra ou passa, desvia-me a atenção do que é realmente importante. E eu não gosto! Não sorrio para eles, não lhes falo sequer. Ai de mim. A minha água mineral Luso está quase no fim e continuo a olhar... não a ver. Levanto-me de chofre, dispo o meu sobretudo e corro para a casa de banho. Ao sair, olho-os todos. Um por um. Coitados - penso eu, com sarcasmo. Volto para o meu lugar, visto o sobretudo e bebo a água mineral Luso como se não houvesse mais alguma água mineral Luso no Mundo. Vou pagar. Estou farta de aqui estar. Chateada, arrumo as coisas... Volto-me a sentar. Lá fora a chuva intimida-me... A chuva molha o chão molha as paredes e todos os telhados. Forma poças e algumas correntes, rejuvenesce as plantas e lava as terras. Por outro lado, entristece aquele que passeia e aquele que bebe café na rua; aquele que sai de casa para lado algum. Só. Por ela, o ser humano foge da rua, passa-lhe sem a perceber, sem sequer observar, realmente, a beleza desta chuva. Olhamo-la com desdém e tentamos esquivar-nos dela. Protegêmo-nos dela como se fosse uma doença transmissível ao toque. Se alguém olha para mim questiono-o mentalmente Que foi, nunca viste? Pára de me olhar! O meu olhar é fixo. Fixo um ponto e olho-o durante algum tempo, sem, milimetricamente, desviar o olhar. Dou o último golo da água mineral Luso e atiro o copo de encontro a mesa até quase este partir. Pego na cadeira e desloco-a dois centímetros e meio para a frente. Volto a sentar-me. Troco o cruzamento das pernas. Levanto-me com a carteira e vou até ao balcão. Poiso-a bruscamente. Volto a pagar. Desloco-me para a minha cadeira, sempre a mesma, sempre no mesmo sítio. O café está vazio. Desvio o meu olhar para o seu interior e fixo-o. Até quando?



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Crítica dos Elogios!



À coisa de duas semanas, nos Coliseus, os Deolinda acabaram os seus concertos com algo, dizem, de interventivo: "Que parva que sou!" Acontece que sinto uma certa indignação pela importância dada a esta "música de intervenção". Tanto assisto a gerações de agora, como a gerações mais antigas louvarem e aplaudirem estarrecida e calorosamente esta música; gerações que parecem ter esquecido as verdadeiras músicas de intervenção. As canções que movimentavam multidões e mudavam opiniões. Melodias intervencionistas que apontavam o dedo, directa ou indirectamente a quem mandava, em tempos de censura e ditadura. Tempos em que eles comiam, eles comiam tudo, eles comiam tudo e não deixavam nada, em que o sonho era uma constante da vida, concreta e definida, como outra coisa qualquer; tempos em que o mundo era composto de mudança tomando sempre novas qualidades. Tempos. Assim, com Artistas como Adriano Correia de Oliveira, Fausto Bordalo Dias, Zeca Afonso, José Mário Branco, Manuel Freire, Paulo de Carvalho, Sérgio Godinho, Brigada Victor Jarra, Quarteto 1111, entre muitos, muitos outros... não compreendo a tamanha importância dada a esta "intervenção", que, sinceramente, não vejo a força, o impacto que possa ter/tem na sociedade de hoje, nos tempos de agora. Talvez se a partir desta mais artistas criem, novamente, uma "Era da intervenção", talvez venha compreender, vagamente, esta quantidade de papel e de elogios desperdiçados. Por agora, ainda não compreendo, não louvo, nem sequer aprecio.

Despeço-me, por hoje.
Talvez volte amanhã.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Melancolia, hoje...


Há gestos que demonstram a vontade do ser humano... Simples olhares, tocares envergonhados, raspões suaves, respirações fortes junto ao pescoço, ouvido, cara, ombro, ... todo um leque de provocações que não têm de ser auxiliadas de palavras para fazerem sentido ou comunicarem algo... A palavra é um instrumento muito poderoso, talvez o mais poderoso de todos, por conseguir fazer estragos tão distantes como daqui à Lua, ou daqui ao fundo da rua, mas nem sempre devemos ou conseguimos usar este instrumento, por tão poderoso ser... Para nos expressarmos usamos, muitas vezes, estes gestos de carinho. Hoje tentei usá-los...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Ainda me faltam alguns degraus para chegar ao céu...
Para já manter-me-ei no inferno!