segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Pode um desejo imenso arder no peito tanto...?"


Olho-te nos olhos.

Bem nos olhos,
com vontade de me exprimir.
Com vontade de te contar aquilo
que à muito já te devia ter contado.
Aquilo que qualquer um te dizia
sem o menor dos problemas.
Não consigo.
Não sai.
Se me sinto bem com isso,
NÃO,
claro que não,
claro que todos os dias penso
no que poderia ter feito e não fiz,
no que poderia ter dito e não disse,
no que poderei dizer e fazer...
Algo me faz recuar.
Estupidamente, faz!
Cobarde?
SIM, talvez!
Fraco?
SIM, sem dúvida!
Eu.
Sou Eu!



1 comentário:

  1. Eu acho que há desejos que fazem o peito arder de tanto os querermos tornar realidade. Mas a (pouca ou não) experiência que tenho diz-me que, muitas vezes, na maior parte das vezes, são esses os mais incapazes de serem tornados reais. Talvez seja por essa razão que são tão desejados, e tão festejados uma vez conseguidos. Não sei. Talvez o segredo esteja em não gostar muito de nada. Não desejar nada tão fogosamente. Talvez assim consigamos tornar esses sonhos realidade. Eu aprendi que há pelo menos uma pessoa com quem tu podes contar sempre: tu. E que sonhos que envolvem pessoas tendem a correr para o torto, ou nem sequer correr. Acho que é isso. Ou então é algo inédito da minha vida. Também é bem provavel.

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